sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Rol de dúvidas, e alguns comentários!


(estas questões foram elaboradas antes da entrevista do Presidente da Mesa da Assembleia Geral – PMAG, no Orientovar, pelo que algumas respostas já foram dadas e aparecem entre parêntesis)

Na sequência das duas convocatórias para AG, surgiram-me várias dúvidas que quero partilhar:

- Quais foram as motivações para a inclusão do ponto que coloca à votação a demissão da Direcção? Não sendo uma bomba atómica, não deixa de ser uma bomba AG, que penso ser merecedora de explicações por parte do Presidente da Mesa da AG.
(prometidas para breve e só pecam por tardias)

Os órgãos em causa solicitaram esta votação? Foi uma maioria de Delegados que o pediu?
(parece que houve uma terceira opção e foi o próprio PMAG que tomou a iniciativa)

- A Direcção continua a trabalhar para apresentar um plano que gere os necessários consensos ou já atirou a toalha ao chão?
(será que finalmente está à procura de consensos? Seria bom saber quem são esses interlocutores e espero que o Conselho Fiscal consiga manter o necessários distanciamento, nesta fase de reestruturação do Plano, para poder fiscalizar sem condicionamentos)

- Faz sentido que o Plano seja posto a votação antes da eventual demissão da Direcção?
(houve um esboço de explicação por parte do PMAG, mas confesso que não fiquei convencido)

Existe uma estratégia para tornar inevitável o voto de confiança à actual Direcção, após ser quase forçosamente aprovado o Plano?
(assim parece atendendo às palavras do PMAG, que diz que tomou esta decisão apesar de estar certo que os actuais Órgãos congregam os votos necessários para chumbar a dissolução. Neste caso para quê incluir esse ponto?)

Se a Direcção for demitida, quais são os passos seguintes?
(aparentemente a actual Direcção ficará em gestão...)

Quem se responsabiliza perante o IDP na apresentação do Plano, que não pode ficar à espera de eleições?
(Idem)

Quem se responsabiliza por fazer cumprir um plano que não é seu?
(neste momento já está em cena um eventual cenário eleitoral, pelo que agora sim está oficialmente aberta a pré-campanha eleitoral. Venham de lá essas propostas alternativas, para que os Delegados possam decidir devidamente informados)

(Como já perceberam estou a partir do principio que o Plano será aprovado, mas não é garantido que assim seja, principalmente com toda estas complicações)


Conselho Disciplinar

- Faz sentido que sejam feitas eleições para o CD, nesta fase conturbada da FPO?

- Haverá alguém disponível para se ir atolar no aparente pântano actual, onde as ameaças de processo disciplinar são constantes?
Pelo que foi tornado público a demissão da Presidente teve como justificação uma incompatibilização com o Presidente da FPO, ora este pode até ser destituído na AG anterior, acabando assim essa incompatibilidade.

- Em conversa com a actual Presidente do CD, fui informado que por via de imposições legais, as questões desportivas (recursos de carácter técnico), também terão que ser apreciados pelo CD. Não é essencial clarificar esta questão, já que ela condiciona inclusivamente a composição do CD (terá que ter competências de “supervisor”)?

3 comentários:

  1. Luis Sergio, permite-me postar aqui o post que fiz para o Orientovar. Levanta outras questões, se calhar esclarece outras.
    Quero no entanto destacar uma questão que levantas. Em caso de destituição haverá a nomeação duma comissão administrativa (Que até pode surgir rapidamente) ou pelas palavras do PMAG será mantido o actual orgão de gestão da FPO? Há condições para isso face ao histórico.
    Serão garantidos os actos de gestão corrente, que deveriam ainda estar em vigor desde final de 2010?
    Será que não houve já actos que extravasaram a matéria corrente? Há confiança depois de todo este processo?

    Enfim... muitas questões. Agora discordo que haja uma época pré-eleitoral. Até à data fui eu que na AG de Gouveia tomei essa iniciativa publicamente, em nome dum sentimento que me pareceu comum. E respondendo directamente: Eu não reuni qualquer lista de delegados para meter esse ponto na ordem de trabalhos.

    A seguir segue o post que coloquei no Orientovar que é apenas a minha opinião, dum delegado dum clube que não depende da FPO, nem sequer deve um cêntimo! Porventura outros não falam pelas razões que aponto no post.

    Abraço
    Té log
    Pedro Dias

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  2. Fiquei perplexo com esta entrevista, às tantos imagino que estive numa outra AG em Gouveia.
    Lamento na verdade este silêncio de todos aqueles que no passado nunca se abstiveram (e bem) de publicamente "escrutinar" anteriores Direcções em actos de gestão. Agora proliferam os comentários privados, o diz-que-diz. Pergunto: porquê? Qual a causa deste silêncio (salvo algumas excepções)?
    Tenho a minha teoria, e na verdade, esta entrevista só a reforça. Vejamos:
    - onde é que houve ensaios para abandono da sessão? Se foi por mim... perdoem-me, fui atender uma chamada!
    - alguém dentro daquela sala participou em grupos de conspiração para assumir o "poder"? É a leitura que tiro de "sessões concertadas".
    Permitam-me plagiar o ditado populista
    "Mais cego é aquele que não vê ou aquele que não quer ver?"
    O que eu vi foi:
    - Um elemento da Direcção com 3 intervenções infelizes, com vários ataques (inclusivé pessoais) que resultaram no aumento da crispação da AG:
    1- Pretender logo no início que fosse indicado o sentido de voto dos representantes ligados à FPO;
    2- Atacar de forma inacreditável e infundada um orgão de fiscalização acusando-os até de falta de seriedade
    3- Uma declaração final a disparar para todos os lados, os tais "escrutinadores" não admitindo por qualquer via críticas ao orgão de gestão da FPO.
    Portanto... uma estratégia para silenciar ou castrar opiniões. Resultado: a maioria dos representantes abstiveram-se em todas as votações!!

    Vi o Sr. Presidente da FPO a informar que vai ele proprio formular uma nota de culpa contra um Presidente do orgão de fiscalização também sem qualquer tipo de justificação.

    Isto foi para pacificar a Assembleia? De que lado vieram sempre os ataques pessoais? Porque não refere isso Sr. Presidente da AG?

    O próximo Presidente do Conselho Disciplinar que venha preparado para trabalhar muito. Parece que na fila está também um processo a um Presidente dum grande clube.

    Pergunto: no passado alguém foi ameaçado com processos disciplinares?

    Chamam a isto democracia?

    É verdade, fui eu que dei a voz a todos aqueles que no próprio dia, e no dia seguinte "escrutinaram" de forma crítica A POSTURA E SERIEDADE deste orgão de gestão.

    A intenção foi de alertar para o caminho pantanoso para onde a FPO está a caminhar e dar nota aos delegados presentes que se não é este rumo que pretendem, a própria modalidade tem no seu seio individualidades com valores morais e sociais, de grande espírito de responsabilidade para colocar a FPO no caminho certo.

    E não, publicamente afirmo que a iniciativa que tive não foi para ser Presidente da FPO ou até ser Oposição, mas sim encontrar esse grupo de individualidades. Não há qualquer oposição, há isso sim disponibilidade, assim os Srs. Delegados queiram.

    Os delegados dos clubes, dos representantes de classes, tiveram este tempo para fazer a sua reflexão. Questionem nestes 4/5 meses a postura do proprio Presidente da FPO desde o período "pré-eleitoral", a força das primeiras sessões com muita abertura ao diálogo, e depois... forma como este Plano foi construido, discutido e apresentado. Cabe a todos avaliar os objectivos que estão por detrás das subitas mudanças, do querer manter-se a todo o custo.

    Questionem: Que compromissos já foram assumidos? Que promessas foram dadas a uma determinada disciplina?

    Será por receio de se descobrir? Será para dar agora um passo atrás, para depois dar dois à frente, depois de acalmadas as hostes (quem não fala... esquece).

    Façam essa análise.

    Depois... no dia da AG, fica ao critério de todos se preferem assim, ou se pedem uma alternativa.

    É que até à data não vi publicamente essa força.

    Uma coisa é certa: a legislação actual imputa responsabilidades cíveis e criminais aos titulares dos orgãos de gestão das federações desportivas.

    Té log
    Pedro Dias

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  3. Acho que é importante precisar que toda, e friso toda, a regulamentação da FPO precisa de ser revista (e não só no que concerne ao CD), mas, na minha opinião, isso é um trabalho de grande fôlego, que tem de ser feito com tempo, sossego e abertura de espírito, coisas que neste momento são escassas. Eu diria que os problemas têm de ser resolvidos por ordem de prioridade, do maior para o mais pequeno, sendo que esta questão do CD talvez não esteja no fim da lista, mas também não estará seguramente no topo...
    Já agora, não são só os órgãos de gestão que respondem civil e criminalmente; essa responsabilidade é extensível aos órgãos de fiscalização (embora na medida das suas responsabilidade próprias, naturalmente).

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